Formação

Código de Campo AEP 

  1. Sê cortês
  2. Respeita o trabalho dos agricultores
  3. Respeita a propriedade alheia
  4. Protege animais e plantas
  5. Respeita os sons da natureza
  6. Ajuda a manter a água limpa
  7. Tem o máximo de cuidado com o fogo
  8. Deixa tudo limpo


A Lei do Escoteiro e o Compromisso de Honra

Lei do Escoteiro:
  1. O Escoteiro é verdadeiro e a sua palavra é sagrada,
  2. O Escoteiro é leal,
  3. O Escoteiro é prestável,
  4. O Escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais Escoteiros,
  5. O Escoteiro é cortês,
  6. O Escoteiro é respeitador e protetor da Natureza,
  7. O Escoteiro é responsável e disciplinado,
  8. O Escoteiro é alegre e sorri perante as dificuldades,
  9. O Escoteiro é económico, sóbrio e respeitador dos bens dos outros,
  10. O Escoteiro é íntegro nos pensamentos, palavras e ações.

Compromisso de Honra:
Prometo por minha Honra fazer o meu melhor por:
  1. Cumprir os meus deveres para com a minha Fé e a Pátria;
  2. Auxiliar o próximo em todas as circunstâncias;
  3. Viver segundo a Lei do Escoteiro.


Tratamento de feridas, bolhas, queimaduras ligeiras e picadas de insectos


Pequenas feridas
- Parar a hemorragia aplicando pressão com uma compressa ou uma toalha limpa na ferida e, se possível ou necessário, elevar a zona acima do nível do coração para reduzir o fluxo sanguíneo;
- Remover partículas e corpos estranhos da ferida com água/compressa/pinça, como terra, por exemplo. Desinfetar a ferida com um desinfetante ou antissético;
- Cobrir a área afetada com uma compressa e creme para feridas.

Bolhas nos pés
- Não rebentar a bolha;
- Desinfetar a agulha com isqueiro;
- Perfurar a bolha com a agulha fazendo passar uma linha (de costura, de preferência branca) pela mesma, garantindo um orifício de entrada e de saída da linha. Isto faz com que a bolha vá secando e não corre o risco de fechar;
- Garantir que a linha se mantém dentro da bolha. A linha irá sair naturalmente.
- Manter o local da bolha seco.
- Cobrir a bolha com um penso ou compressa.

Queimaduras ligeiras
- Há 3 tipos de queimaduras. A sua classificação varia consoante a gravidade da queimadura - o quão profunda é, e o tratamento também. Queimaduras de 1º grau - afeta a epiderme, 2º grau - afeta a epiderme e a derme, e 3º grau - afeta a epiderme, derme e tecido subcutâneo.

Tratamento de queimaduras de 1º grau:
Arrefecimento: primeiro, remover qualquer peça de roupa ou acessórios da área queimada. Colocar a queimadura debaixo de água entre 5 e 25ºC durante 10 a 20 minutos. Não rebentar nenhuma bolha que se possa formar.
Tratamento: aplicar um creme que arrefeça e hidrate. Quando a pele se queima, perde a capacidade de manter a hidratação, dificultando o processo de regeneração, pelo que é importante manter a pele hidratada. Cobrir a área afetada com uma gaze para proteger a pele sensível.
Manutenção: manter a área queimada limpa e hidratada enquanto esta se regenera. A dor deve começar a diminuir ao fim de 2 a 3 dias.

Picadas de Insetos
Picadas de abelhas e vespas:
- Retirar o ferrão com uma pinça;
- Desinfetar com antisséptico (Betadine dérmico);
- Aplicar gelo localmente

Necessitam de cuidados especiais e de transporte urgente ao hospital os casos de:
- Pessoas alérgicas;
- Picadas múltiplas (enxame);
- Picadas na boca ou na garganta (risco de asfixia).

Picadas de peixes venenosos/ouriços/alforrecas:
- Aplicar no local, cloreto de etilo ou, na sua falta, gelo (durante +- 10 minutos).

Se não se obtiverem resultados, transportar com urgência para o Hospital.

Hemorragia Nasal
Não inclinar a cabeça para trás.
- Este é um erro muito comum. Em vez disso, sentar com as costas direitas, inclinar o tronco para a frente e apertar o nariz durante cinco minutos. Se deixar de apertar o nariz e continuar a sangrar, adote a mesma posição novamente.

Não assoar o nariz
- Se o sangramento parar, não assoar o nariz durante algumas horas. Em vez disso, manter a cabeça acima do coração e utilizar um descongestionante nasal. No entanto, se o sangramento recomeçar, assoar o nariz pode ajudar a remover o sangue seco. Lembrar de apertar o nariz e inclinar novamente para a frente durante mais 5-10 minutos.


Nós e amarrações

Nó direito
Pode ser utilizado para unir duas espias da mesma espessura e do mesmo material.




Volta de Fiel
Utilizado para prender uma espia a uma vara




Nó de Escota
Utilizado para unir espias de diâmetros diferentes. É o nó usado para as bandeiras.


Lais de Guia Simples
A laçada não corre e é fácil de desmanchar. É usado como nó de salvamento



Pescador
Para unir as pontas de duas espias molhadas ou escorregadias. É usado no chapéu de Escoteiro.



Tripé



Esquadria
Para amarrar duas varas que tendem a deslizar uma sobre a outra. As varas podem fazer um ângulo diferente de 90º






Falcaça Simples
Usada para falcaçar as pontas de uma espia, evitando que estas se desfiem, mas também para cobrir uma rachadela numa vara.
 
 
 

Bandeira Nacional, Associativa e de Grupo

 

BANDEIRA NACIONAL
 
As regras gerais pelas quais se deve reger o uso da Bandeira Nacional encontram-se definidas em Decreto-Lei (DL nº150/87 de 30 de março) e devem ser cumpridas por todos os cidadãos e em especial pelos Escoteiros.

● A Bandeira Nacional, como símbolo da Pátria, representa a soberania da Nação e a independência, a unidade e a integridade de Portugal, devendo ser respeitada por todos.
 
● Assim, em território nacional, nos termos da Lei devem ser seguidas as seguintes regras:
 
● A Bandeira Nacional será hasteada aos domingos e feriados, bem como nos dias em que se realizem cerimónias oficiais ou outros atos ou sessões solenes de caráter público.
 
● A Bandeira Nacional poderá também ser hasteada noutros dias em que tal seja julgado justificado.
 
● A Bandeira Nacional deverá permanecer hasteada entre as 9 horas e o pôr-do-sol.
 
● Quando a Bandeira Nacional permanecer hasteada durante a noite, deverá, sempre que possível, ser iluminada por meio de projetores.
 
● Quando for determinada a observância de luto nacional, a Bandeira Nacional será colocada a meia haste durante o número de dias que tiver sido fixado.
  • Sempre que a Bandeira Nacional seja colocada a meia haste, qualquer outra bandeira que com ela seja desfraldada será hasteada da mesma forma. 
  • Para ser içada a meia baste a Bandeira Nacional vai a tope antes de ser colocada a meia adriça, seguindo-se igual procedimento quando for arreada.
 ● A Bandeira Nacional, quando desfraldada com outras bandeiras, portuguesas ou estrangeiras, ocupará sempre o lugar de honra, de acordo com as normas protocolares em vigor, devendo observar-se, designadamente:
  • Havendo dois mastros, o do lado direito de quem está voltado para o exterior será reservado à Bandeira Nacional; 
  • Havendo três mastros, a Bandeira Nacional ocupará o do centro;
  • Havendo mais de três mastros: 
    • Se colocados em edifício, a Bandeira Nacional ocupará o do centro, se forem em número ímpar, ou o primeiro à direita do ponto central em relação aos mastros, se forem em número par; 
    • Em todos os outros casos, a Bandeira Nacional ocupará o primeiro da direita, ficando todas as restantes à sua esquerda; 
  • Quando os mastros forem de alturas diferentes, a Bandeira Nacional ocupará sempre o mastro mais alto, que deverá ser colocado por forma a respeitar as regras definidas nas alíneas anteriores; 
  • Nos mastros com verga, a Bandeira Nacional será hasteada no topo do mastro ou no lado direito quando o topo não estiver preparado para ser utilizado
● A Bandeira Nacional, quando desfraldada com outras bandeiras, não poderá ter dimensões inferiores às destas.
 
Em atos públicos a Bandeira Nacional, quando não se apresente hasteada, poderá ser suspensa em lugar honroso e bem destacado, mas nunca usada como decoração, revestimento ou com qualquer finalidade que possa afetar o respeito que lhe é devido.
Sem prejuízo do disposto na Lei deverão ser ainda garantidos os seguintes aspetos:
 
● Quando duas ou mais bandeiras forem colocadas no mesmo mastro, a Bandeira Nacional fica no ponto mais alto.
 
● Se as bandeiras são colocadas em arco, a Bandeira Nacional ocupará o do centro se forem em número ímpar, ou o primeiro à direita do ponto central em relação aos mastros, se forem em número par.
 
● Nas formaturas toma sempre lugar à direita da bandeira de qualquer outra nacionalidade ou de um organismo escotista ou particular; ou então à frente de todas, quando se trata de mais de uma, e os escoteiros recebem- na sempre na posição de “Saudação Saudar”.
 
● Na sede tem o lugar de honra.
 
● Se é colocada em púlpito, fica à direita do orador e as outras bandeiras à esquerda. Se é colocada na parede fica acima da cabeça do orador, à sua direita ou centrada na parede.
 
● Quando em formatura e é dada a voz de comando de “Saudação Saudar”, as bandeiras, e em especial a Bandeira Nacional não fazem qualquer movimento e permanecem erguidas na posição de “Sempre Pronto”, abaixo descrita.
 
● Não deve ser hasteada em lugares impróprios, e deve ser transportada com decoro.
 
● Deve ser substituída logo que o seu estado comece a degradar-se.
 
 
 

Dobragem da Bandeira Nacional
 
De forma a garantir que, mesmo quando dobrada, a Bandeira Nacional se apresenta com toda a dignidade que representa, abaixo se exemplifica como se deve proceder.
Para dobrar a Bandeira Nacional, são necessários dois Escoteiros. Os passos estão representados na figura 11 e são os seguintes:
 
1º) Segura-se a Bandeira Nacional pelas extremidades e coloca-se na posição horizontal.
 
2º) Dobra-se um terço da parte superior para trás da Bandeira.
 
3º) Dobra-se o terço inferior para trás da Bandeira.
 
4º) A faixa à direita do escudo, é dobrada para trás do escudo.
 
5º) Procede-se de forma semelhante ao indicado no passo anterior, dobrando a faixa à esquerda para trás do escudo.
 
O resultado final deverá corresponder ao ilustrado no número 5 da figura 11, ou seja, um quadrado perfeito com o escudo à vista.


Precedência de bandeiras em território português

Em atividades escotistas da A.E.P., em território nacional, deve ser considerada a seguinte ordem:
  1. Bandeira Nacional 
  2. Bandeira da União Europeia 
  3. Bandeiras dos outros países por ordem alfabética da língua portuguesa 
  4. Bandeira da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia, se aplicável 
  5. Bandeira da Associação dos Escoteiros de Portugal 
  6. Bandeira do Escotismo Mundial (Organização Mundial do Movimento Escotista)
  7.  Bandeiras de convidados de âmbito nacional (Fraternal e outras) 
  8. Bandeiras das Regiões da AEP por ordem alfabética 
  9. Bandeiras de convidados de âmbito regional (Fraternal e outras) 
  10. Bandeiras de Grupos da AEP por ordem de número de Grupo 
  11. Bandeiras de convidados de âmbito local (Fraternal e outras)
A precedência não pressupõe a exigência da presença das referidas bandeiras e deve-se procurar um equilíbrio adequado relativamente ao número de bandeiras.
Nos atos mais solenes, realizados a nível nacional, regional, de núcleo ou de Grupo, deve presidir a Bandeira Nacional.

Procedimento com Bandeiras:

O procedimento com bandeiras em cerimónias mais importantes, e em particular com a Bandeira Nacional, deve ser realizado preferencialmente por um jovem da Divisão mais velha, com maior nível de progresso escotista e devidamente uniformizado.
Em todas as situações deve ser assegurado que nenhuma bandeira toca o chão.

Hastear

Deve demonstrar-se aprumo e respeito quando se transporta uma bandeira até ao mastro. A bandeira deve ir dobrada e não enrodilhada e a roçar no chão.
Em seguida, deve ser mantida no braço, ou colocada sobre o ombro e, caso necessário, deve solicitar-se a ajuda de um companheiro para a segurar.
Depois de ligada à adriça e ao mastro, iça-se um pouco, até à altura da cabeça e espera-se a ordem de “Saudação Saudar”, para então a fazer subir.
O Dirigente coordena a formatura com as ordens: “Atenção Escoteiros! Sempre Pronto! Saudação Saudar!”.
A bandeira começa a ser hasteada de forma contínua e sem ressaltos. Quando a bandeira chegar ao topo do mastro, quem a içou após o Dirigente dar a ordem “Saudação Cessar”! é que prende a adriça no mastro.
A bandeira mais importante segue à frente e é a primeira a chegar ao topo, sendo essa a definir o ritmo das restantes que seguem obrigatoriamente atrás.

Arrear

Quando a pessoa que vai arrear a bandeira estiver pronta, o Dirigente coordena a formatura com as ordens: “Atenção Escoteiros, Sempre Pronto! Saudação Saudar!”.
A pessoa faz brevemente a saudação e desce a bandeira até que possa pegá-la colocando-a sobre o ombro.
A seguir o Dirigente diz “Saudação Cessar! À-Vontade”. A pessoa desfaz os nós, e com a ajuda de outra amarram a adriça ao mastro, dobram a bandeira e entregam-na ao Dirigente.

 
Condução de Bandeiras

As bandeiras mais importantes devem ter sempre um lugar de honra e seguir à frente das restantes.
Quando conduzida num grupo de bandeiras, a Bandeira Nacional vai à frente ou, quando aplicável, no centro e ligeiramente à frente das outras.
 

 
Na maioria das cerimónias escotistas bastará a presença da Bandeira Nacional e a bandeira da AEP do órgão respetivo. No entanto em cerimónias especiais e em atividades regionais, nacionais e internacionais poderão estar presentes mais bandeiras.
Durante as cerimónias o transporte da bandeira, quando colocada num mastro, deve ser feita na posição vertical ou desfraldada conforme indicado na figura seguinte. Nestes casos o mastro da bandeira segura-se com uma mão à altura da bacia e a outra mão mais acima. A mão à altura da bacia pode ser usada também para prender a ponta da bandeira caso seja necessário para não tocar no chão ou quando está muito vento.
É importante ter presente que o transporte em posição vertical ou desfraldada é uma posição fatigante devendo, por isso, ser limitado ao estritamente necessário. Em deslocações, as bandeiras podem ser transportadas ao ombro com a mão a segurar o mastro da bandeira.
 
Entrada e saída de bandeiras em cerimónias com formatura.

As bandeiras devem entrar na formatura, transportadas na posição vertical ou desfraldada já referida, quando a formatura já está formada e com todos participantes em posição de “Saudação Saudar”. Haverá no entanto situações em que ao constituir-se a formatura as bandeiras e os porta-bandeiras já lá estejam e ficam de imediato nas suas posições.
 
Quando as bandeiras entram para uma cerimónia escotista, não se cruzam.
 
Devem entrar pelo lado esquerdo, entrando em primeiro lugar a Bandeira Nacional que passa à frente de quem coordena a cerimónia e posiciona-se ao seu lado direito.
 
Imediatamente atrás vem o mastro da bandeira da AEP (Associativa, de Região ou Grupo) que pára do lado esquerdo de quem preside. 
 
As bandeiras saem pelo lado direito.
 
As bandeiras saem da formatura por indicação do Dirigente que a coordena e com todos os participantes em posição de “Saudação Saudar”.
 
A primeira a sair é a Bandeira Nacional, seguindo-se a bandeira da AEP do órgão respetivo que passa à frente dos Dirigentes que coordenam a cerimónia.
 
 
 
 
Movimento das bandeiras em função das vozes de comando

Depois das bandeiras se posicionarem na formatura, quando é dada a indicação de “À Vontade”, as bandeiras devem ser seguradas na posição vertical, com a mesma inclinação usada no transporte na posição vertical ou desfraldada, com a base do mastro assente no chão, conforme indicado na figura seguinte.

 
 
Quando é dada a indicação de “Sempre Pronto” as bandeiras ficam em posição igual à de transporte na posição vertical ou desfraldada, conforme a figura seguinte.
 
 

 
 
 Em cerimónias escotistas mais prolongadas em que se opte por ter porta- bandeiras, deverá haver cuidado para garantir a substituição dessa pessoa para se evitar o cansaço que esta função provoca.
 
 
BANDEIRA ASSOCIATIVA E DE GRUPO
 
A bandeira associativa é de cor verde-bandeira, com as dimensões de 1,20x0,80 metros, tendo ao centro a insígnia associativa, constituída pela Flor-de-lis e Listel no centro, e, por cima da insígnia e em arco, os dizeres: "Associação dos Escoteiros de Portugal".
 
A insígnia associativa e os diferentes dizeres são de cor branca, sobrepostos no tecido das bandeiras e debruado a preto.
 
As bandeiras das Regiões e dos Grupos são semelhantes à da Associação, mas com a diferença de terem, por de baixo da insígnia associativa, a designação em rectilíneo, "Região de...", com a indicação do nome da Região, ou de "Grupo nº...", com a menção do número do Grupo e da sua localidade. Por cima da insígnia associativa e, em vez da expressão "Associação dos Escoteiros de Portugal", passará a ter a expressão "Escoteiros de Portugal".
 
Os Grupos podem usar, nos acampamentos, em substituição da Bandeira do Grupo, uma flâmula triangular com as medidas de 0,40 de altura e 0,80 de lado, fundo verde-bandeira da qual apenas conste a insígnia associativa, o número do Grupo e a indicação de A.E.P..
 
As Divisões não possuem bandeiras próprias. Nas cerimónias em que seja necessário uma bandeira associativa, usam a do Grupo.